segunda-feira, 27 de junho de 2011

Chuva na Praça


Dia do mundial do teatro e nacional do circo, fizemos um cortejo. Combinamos de nos encontrar na Praça da Trindade e de lá ir caminhando à Praça da República para fazermos algumas apresentações e comemorarmos esse dia tão especial.
Cheguei na praça da Trindade às 9:00 hrs e estavam apenas a Nete, Maria, Gabriela (Gabi) e a Priscila (Pri), depois foi chegando outras pessoas da ETDUFPA de outros lugares e companhias de circo, umas pessoas com penas de pau com bonecos criativos de palhaços e outros personagens como eu e a Gabi que estávamos caracterizadas com nossas personagens do nosso espetáculo de conclusão do curso de iniciação teatral da Unipop- 2010 “Ou seja, Amor!”.
Mas não vão pensando que deu muita gente. O cortejo foi bom, no entanto, pequeno em quantidade de pessoas. Pelo menos ocupamos metade de uma rua. =D
Demos inicio ao cortejo. Chegamos à Praça da República em frente ao Teatro da Paz e ali começamos. Dançamos, sorrimos, interagimos com o publico, um dos meninos que estava vestido de palhaço até deu umas voltas em uma bicicleta não sei de quem. Eu dancei bastante e até interagi com a matita pereira, parei e me virei, olhei para um moço que estava com uma menina no colo. Ele me chamou.  Eu fui. Aproximando-me percebi que a menina aparentemente com três anos de idade queria me abraçar, ela fez sinal com o braço. Eu a carreguei no colo, ela me deu um beijo no rosto e eu retribui. Rapidamente pensei que aquela criança não sabe exatamente quem sou, talvez não saiba que o que ela assisti seja teatro, mas de alguma forma sente vontade de me abraçar.
Acho que quem passou alguma emoção, sentimento ou entusiasmo para alguém ali, não foi eu como atriz para a criança, foi a criança que passou algo para a atriz.
Edmilson Rodrigues apareceu la, falou um pouco, palavras interessantes as dele. A professora Inês também falou, enquanto isso vi outra menina com uns cinco anos de idade, ela sorrio para mim e eu retribui, meu sorriso foi uma confirmação de que ela podia fazer o que queria, me abraçar. A menina em questão de segundos veio em minha direção e meu abraçou forte. Bem forte. Logo em seguida um rapaz pediu que eu tirasse uma foto com ele. Tirei.
Fomos para debaixo de uma arvore enorme que fica próximo ao teatro e ali vimos duas apresentações, um monólogo da Erica e Tecido, foi bom, todos se juntaram ao redor para assistir, porém começou a chover quando íamos à terceira apresentação, o publico se dispersou. A chuva ia e voltava. Eu e meus amigos ficamos sob sombrinhas, uma em cima d’outra, tipo um teto. Não estava tão confortável então fomos para uma barraquinha no meio da praça. 
A Gabi e a Pri decidiram tirar a maquiagem e se trocar ali mesmo. Eu estava olhando o movimento da praça com chuva mesmo e fui me trocar também, no meio da praça. Peguei o espelho e fiquei me olhando pensando se eu tiraria a maquiagem, decidi que iria tirar.
Eu e meus amigos demos uma volta pela praça, choveu de novo. Paramos, esperamos, conversamos, passou. Saímos de novo. Choveu de novo. Paramos...
Voltamos para a mesma barraca e la ficamos conversando mais ainda.
Já era quinze para as três da tarde, nos dividimos, Gabi e mais um rapaz foram para uma parada, eu, Erica e Rogerio fomos para outra.
Próximo da parada vinha meu bonde. Fiz sinal, me despedi, subi no bonde. Sentei no banco da frente para pegar a meia passagem e o dinheiro, passei na roleta, sentei num banco de trás e fiquei pensando na manha e metade da tarde, agradeci a Deus pelas alegrias. Depois pensei se postaria isto no blog, decidi que sim. E durante o percurso fui pensando na melhor coisa que me aconteceu no cortejo.
O sorriso das duas meninas.

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