Lembro do cheiro de areia molhada.
Foi um cheiro constante na minha infância, toda vez que a chuva molhava o quintal de casa, esse cheiro migrava para a batente de casa, onde eu costumava a sentar. Parece que era uma ligação, o cheiro fazia questão de ir até mim e por um instinto de criança sem saber exatamente o que acontecia eu ia senti-lo.
Lembro do cheiro de planta molhada, vinha de um terreno repleto de árvores, matos e plantas onde eu, meus primos e amigos brincávamos.
Lembro do cheiro de coisas que eu nunca havia sentindo antes mais sabia dizer exatamente o que era.
Lembro do cheiro que saia da caixa de enfeites natalinos quando eu e minha mãe abríamos para armar a arvore de natal.
Lembro do cheiro do orvalho quando eu acordava as cinco da manhã e ia passear no quintal enquanto a minha mãe ia ao trabalho. Na época ela trabalhava como servente num colégio de ensino fundamental onde eu também estudava. E as sete da manhã quando eu já estava indo à escola eu não sentia o cheiro do orvalho, eu sentia o cheiro do café que vinha da casa da vizinha e o cheiro de tempero fritando na frigideira de minha tia, que já deixava o almoço pronto, pois logo em seguida ia trabalhar.
Bons tempos, boas lembranças, bons cheiros. Cheiros de vida. Cheiros de infância. É um dos melhores cheiros que se pode sentir na vida terrena.__//AlgumaCoisaEscritaPor: Tainá Limam
Minhas amigas: Hillsy, Jordana e Larissa apresentaram o
seminario com o texto: "O apelo afetivo do cheiro".
Sobre o seminário aprendi que o cheiro em si não é uma lembrança. Ele nos remete a uma, daí o apelo afetivo evocativo do cheiro com relação às lembranças. Nos trás sensações, lembranças e
às vezes a lembrança de um cheiro é imprecisa como nossas memórias de infância que às vezes se revelam pouco nítidas. É na sinestesia que nossas memórias de infância aparecem embaçadas, misturadas e confundidas no cheiro de uma lembrança, de uma roupa, de uma lágrima, etc.
As meninas fizeram um exercicio: elas chamaram algumas pessoas, eu estava entre essas pessoas e passaram alguns produtos em nossa pele. Apagaram as luzes da sala e pediram que os outros da turma fechassem os olhos e andassem pelo espaço sentindo o cheiro dos produtos que exalava da gente, e tentando identificá-los enquanto tocava algumas musicas de estilos variados. Depois tínhamos, com os olhos fechados, que ir nos aproximando de algumas pessoas e tocando-as, cheirando-as para tentar reconhecê-las. Foi um exercicio interessante. Principalmente ao ouvir as musicas e ter sensações com os ritimos.
No debate muitos falaram, lembro que foi dito da importancia do cheiro em um espetaculo.
(Intervalo...)
Voltamos com a segunda parte da aula. Com um exercício proposto pela Wlad, o exercício era de brigar. Tive que lutar com a Priscila e com o Raoni e me defender sem que os machucasse e sem que eles me machucassem também.
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